A bebê Ana Tamar Rodrigues de Moura, de apenas quatro meses, passou por uma cirurgia decatarata congênita bilateralnoHospital Geral de Fortaleza (HGF), equipamento daSecretaria da Saúde do Ceará (Sesa), que mudará, de forma concreta, a vida da família. Embora a condição não seja rara, a idade e os outros diagnósticos da pequena, que já estava sem visão, tornavam o procedimento mais complexo.
Juliana Rodrigues Freitas Damasceno, 39, ainda está aprendendo a nomear tudo que vive desde o nascimento da filha. “Desde o início tem sido muito desafiador, mas hoje a sensação é de que Deus nos entregou umpresente de Natal, pelas mãos dos profissionais do HGF”, resume a mãe, emocionada.
Ana Tamar nasceu comsíndrome de Downno Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC). Depois, vieram outros diagnósticos, comocatarata congênita bilateralecardiopatia. A criança passou a ser acompanhada no Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), onde recebeu o cuidado pediátrico e o encaminhamento para a cirurgia oftalmológica.
Foi a partir desse percurso, que Ana Tamar chegou ao HGF,referência em oftalmologia no Ceará, especialmente no atendimento de casos de alta complexidade.
Segundo a coordenadora do Serviço de Oftalmologia e responsável pelo procedimento cirúrgico, Islane Verçosa, quando a bebê chegou para a avaliação, já não havia estímulo visual. “Essa bebê já estava cega dos dois olhos com apenas quatro meses de vida”, afirma.
Além da catarata, a cardiopatia impunha um outro risco, o que tornava incerta a possibilidade de retorno para um segundo procedimento oftalmológico. “Foi desafiador, mas decidimos operar os dois olhos na mesma cirurgia. Como ela tem cardiopatia, seria muito difícil garantir que ela retornasse depois para operar o segundo olho. Diante desse cenário, entendemos que essa era a melhor escolha, além de ampliar as possibilidades visuais dessa criança”, explica Islane.
A cirurgia foi realizada no centro cirúrgico do HGF, com apoio de uma equipe multiprofissional formada por cirurgiões, anestesistas, residentes, fellows e profissionais da enfermagem. Islane fez questão de destacar o espírito coletivo do cuidado. “A gente agradece primeiramente a Deus por nos dar esse dom e essa coragem. E a toda a nossa equipe do HGF. Isso só acontece porque somos um excelente time”, reforça.

Para Juliana, a cirurgia não encerra os desafios, mas devolve o essencial — a chance da filha enxergar o mundo que começa a se apresentar. “Não sei como agradecer a equipe, ao HGF, porque depois de tudo o que a gente viveu nesses meses, ouvir da médica que ela vai poder ver…muda tudo dentro do coração de uma mãe”, finaliza.
O Serviço de Oftalmologia do HGF atua continuamente no atendimento de casos de alta complexidade, incluindo catarata congênita, retinopatia da prematuridade, glaucoma infantil e outras condições que exigem diagnóstico precoce e intervenção rápida. Apenas em 2025, foram realizados 1.703 procedimentos cirúrgicos, além de 22.656 consultas.
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