ESP-CE conclui capacitação de profissionais de saúde para avaliação e cuidado de pessoas com diabetes

Médicos e enfermeiros atuantes na Atenção Primária à Saúde (APS) foram contemplados pela iniciativa

Controlar o nível de açúcar no sangue por meio da alimentação e do uso de medicações faz parte da rotina de quem convive com os diferentes tipos de diabetes. Porém, especialistas destacam que é igualmente essencial estar atento aos sinais do corpo, sobretudo diante do risco de complicações graves, como a lesão do pé diabético. Pele seca e com rachaduras, dormência, formigamento, formação de calos e bolhas, palidez ou vermelhidão indicam que há algo errado.

Para ampliar o alerta entre pacientes, trabalhar a prevenção e reforçar o cuidado da doença em casos já diagnosticados, a Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE), em parceria com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), capacitou as duas primeiras turmas do Curso Básico “Pé Diabético: cuidado e assistência”.

Cerca de 80 profissionais de nível superior das Regiões de Saúde de Fortaleza, Norte e Sertão Central, entre médicos e enfermeiros atuantes na Atenção Primária à Saúde (APS), foram contemplados pela iniciativa. Eles finalizaram o ciclo de aprendizagem nesta sexta-feira (17).

Complicações

A evolução da doença para a lesão no pé resulta em feridas que não cicatrizam facilmente, causando infecções que, em casos extremos, podem levar à amputação. “Essa é uma das complicações mais comuns de acontecer e a que mais afeta a qualidade de vida das pessoas. Por isso, julgamos necessário ofertar o curso, para divulgar a importância do exame dos pés e evitar o surgimento de lesões”, explica a endocrinologista e uma das facilitadoras, Rebeca Pinheiro.

De acordo com a coordenação pedagógica, espera-se agora que os participantes se tornem replicadores do conhecimento adquirido nos respectivos municípios de atuação, a exemplo da enfermeira responsável técnica pela APS de Horizonte (CE), Elizamara Silva Saldanha. Ela e outras três profissionais da cidade estiveram presentes no projeto educacional. “Quando fomos informados de que teríamos essa capacitação de três dias, achamos ótima a iniciativa, porque realmente precisamos de atualização. Desde o início, o meu intuito foi aproveitar bastante para levar esse conhecimento aos profissionais que lidam diretamente com os pacientes que convivem com a doença.”

No Centro de Simulação em Saúde (CSS), os alunos tiveram atividades práticas com foco em curativos, calçados terapêuticos, palmilhas, órteses e exames

Ficha técnica

Realizada em modalidade presencial, a capacitação durou 40 horas, com aulas distribuídas em duas unidades didáticas: “Cuidado com o Pé Diabético” e “Prática de Simulação no Cuidado com os Pés da Pessoa com Diabetes”. Além disso, um plano de ação foi elaborado por cada aluno das turmas.