A Secretaria da Educação (Seduc) realiza, nesta quarta e quinta-feira (10 e 11), o I Seminário Internacional de Educação em Direitos Humanos: por uma Escola Acolhedora, em Fortaleza. O evento tem o objetivo de discutir e fortalecer as políticas voltadas à promoção de uma cultura escolar mais inclusiva, plural e democrática na rede estadual do Ceará.
Participam do Seminário gestores das 224 unidades de ensino que realizaram, em 2025, planos de ação voltados à melhoria do clima escolar e da promoção de uma escola mais acolhedora. Os gestores foram reconhecidos pelos resultados alcançados com as iniciativas.

O secretário executivo de Equidade e Direitos Humanos da Seduc, Helder Nogueira, reforça o compromisso da rede estadual com uma educação que valoriza a diversidade, promove a participação e fortalece a convivência democrática nas escolas.
“O trabalho realizado nas nossas escolas é guiado pela pluralidade e pela diversidade. Nesse horizonte, a educação em direitos humanos torna-se essencial, porque é por meio dela que fortalecemos as vozes da comunidade escolar. É um exercício coletivo, que nos permite caminhar lado a lado com estudantes, famílias e profissionais, garantindo que cada pessoa tenha sua participação reconhecida e que as aprendizagens avancem dentro de uma formação integral. O seminário é a culminância de uma agenda desenvolvida ao longo de todo o ano letivo, na qual as escolas realizaram o diagnóstico do clima escolar, construíram planos de ação, promoveram atividades e buscaram resultados sempre orientados pela inclusão”, observa o gestor.

O defensor público Guilherme Queiroz, subdiretor da Central das Defensorias Públicas do Interior, destaca a necessidade de fortalecer a educação em direitos humanos como parte estruturante do processo educativo, ampliando a formação escolar para além dos componentes tradicionais.
“Considero fundamental que esse debate esteja presente no ambiente escolar. Precisamos avançar além de uma educação tradicional, centrada apenas em disciplinas como matemática e português — que, naturalmente, têm grande importância —, mas que já não dão conta, sozinhas, do cenário social complexo que vivenciamos hoje. É essencial que os direitos humanos sejam incorporados ao cotidiano das escolas, contribuindo para prevenir que crianças e adolescentes entrem no sistema infracional. Devemos aplicar a educação em direitos humanos de maneira mais sistemática, para que possamos, de fato, construir uma formação mais ampla, plural e conectada com a realidade dos nossos estudantes”, considera.

A professora Aurilene Fontenele, coordenadora da Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI) Jaime Laurindo da Silva, em Barroquinha, evidencia a importância da escola como espaço de acolhimento e convivência, ressaltando o envolvimento da comunidade nas ações voltadas ao bem-estar e à aprendizagem dos estudantes. A unidade de ensino foi uma das reconhecidas pelo plano de ação realizado visando ao bom clima escolar.
“É uma satisfação participar deste evento. Fizemos atividades de grande relevância, porque a escola é, antes de tudo, um lugar de acolhimento — um espaço que aproxima os alunos, favorece a convivência e coloca como prioridades o aprendizado e o desenvolvimento socioemocional. Sou grata a toda a comunidade escolar pelo engajamento nas atividades do projeto Escola Acolhedora, que só foi possível graças ao esforço coletivo. As expectativas são muito positivas para que possamos renovar e ampliar essas práticas em 2026”, avalia.

Na programação, um dos pontos altos do primeiro dia foi a conferência: “Educar na era do comando algorítmico: a dignidade humana como última fronteira”, ministrada pelo professor Víctor del Carmen Avendaño, da Universidade Pedagógica Nacional, de Bogotá, na Colômbia.
No segundo dia, estão sendo realizadas salas temáticas para discussão de políticas educacionais como Protagonismo Estudantil; Cidadania e Cultura Digital; Educação Ambiental; Gênero e Sexualidade; Educação para as Relações Étnico-Raciais; Educação Especial; Mediação Escolar; Justiça Restaurativa e Cultura de Paz.
Além disso, haverá apresentações de experiências exitosas que foram desenvolvidas nas escolas reconhecidas no dia anterior. Na sequência, serão feitas projeções para o ano letivo de 2026, com relação às pautas ligadas aos direitos humanos na educação.
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